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China pede investigação sobre carne bovina importada. O Brasil está na mira?

Foto do escritor: FazendeiroFazendeiro

O governo chinês anunciou que vai investigar a carne bovina que compra de outros países. A decisão veio após queixas de produtores locais sobre a queda nos preços e a competição desleal com as carnes importadas.




A investigação, que foi encaminhada à Organização Mundial do Comércio (OMC), vai analisar o período entre janeiro de 2019 e junho de 2024 e afeta todos os países que exportam carne para a China.


Segundo Welber Barral, advogado que representa a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), que está ajudando na defesa do mercado brasileiro, a resposta pode demorar até um ano para sair. Ou seja, é pouco provável que a China tome alguma ação que afete as exportações de carne ainda este ano.


Recorde de Exportação


Caso as investigações sigam em frente, a China poderia aplicar uma medida de proteção por até quatro anos, o que significaria sobretaxas nas exportações de carne. Os países que mais vendem carne para a China, como Brasil, Austrália e Argentina, seriam os mais afetados.

Vale destacar que essa investigação ocorre após o Brasil bater recordes de exportação de carne. Em 2024, o país exportou 2,89 milhões de toneladas, um aumento de 26% em relação a 2023, com a China comprando 1,33 milhão de toneladas e gerando mais de US$ 6 bilhões para o setor.


Para Barral, a ação chinesa não tem base legal na OMC. Ele argumenta que não há uma “surpresa” nas importações de carne bovina que justifique uma medida de proteção. Segundo a Abiec, o mercado chinês de carne gira em torno de 12 milhões de toneladas, com 2,5 milhões de toneladas importadas anualmente, sendo que o Brasil é responsável por cerca de 50% dessas importações.



 
 
 

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